01 julho 2024

Paixão Índia

 Nome: Paixão Índia
Autora: Javier Moro
Páginas: 416
Editora: Planeta



A jovem Anita Delgado era bailarina na Espanha, no início do século XX, quando um marajá indiano se apaixonou por ela, lhe deu um palácio e a transformou em princesa– mas não em sua única mulher. Depois de chegar à cidade de Kapurthala sobre um elefante luxuosamente adornado, a nova princesa descobriu que aquele aparente conto de fadas não transcorreria sem o inevitável choque cultural entre dois mundos que se mostravam mais diferentes do que ela imaginava. As outras mulheres do marajá e seus súditos viam em Anita uma ameaça à tradição hindu, e a jovem, apesar de cercada de conforto e riqueza, vivia na mais completa solidão. Determinada, porém, ela se manteve no lugar que acreditava ser o seu – até seu coração começar a bater de maneira diferente. Javier Moro realizou pesquisas detalhadas, tanto na Europa quanto na Ásia, para construir uma narrativa minuciosa da relação do casal, que deu origem a um dos maiores escândalos da Índia inglesa.


Anita Delgado é uma dançarina espanhola de uma família que luta para sobreviver em Madrid. Inesperadamente, foi o casamento do príncipe do país europeu que mudou completamente sua vida.

Um marajá indiano aproveitou a oportunidade para visitar a Espanha e se encantou com a dançarina. A paixão foi tanta que ele retornou ao clube todos os dias para assisti-la dançar e não voltou para a Índia antes de propor casamento.

Após uma hesitação, a família de Anita concordou com o casamento, e a partir daí todo o rumo deles foi traçado.

Primeiro, um ano em Paris para que Anita, acompanhada de seus pais e irmã, possa aprender os bons modos e o Francês.

Após o casamento, mais um longo período de adaptação- e choque - com a cultura e o clima da Índia, completamente diferente de tudo o que a garota tinha visto até então. 

É interessantíssimo conhecer a cultura indiana junto com a protagonista, ver como o Império Britânico impactou os indianos e como eles conseguiram manter majoritariamente seus costumes. 

Também gostei de acompanhá-la ao longo da vida, ver como ela encarava as diferenças religiosas entre ela, seu marido, e o povo com o qual passou a viver; como encarava o preconceito por ser europeia, ao mesmo tempo em que era exaltada pelo mesmo motivo; perceber o choque de cultura, mais uma vez, quando retornou ao seu continente de origem... 

Apesar de baseado em fatos reais, o livro é romantizado e não foi bem aceito pelos herdeiros do Marajá, por conta da forma que tornou verdade alguns dos boatos que existiam ao redor da figura de Anita. Mesmo assim, a vida dela deve ter sido bem diferente do que qualquer outra pessoa que ela conheceu, interessante, difícil e, ao mesmo tempo, com muitos mais privilégios do que ela imaginava que teria quando sua família saiu de uma pequena cidade da Espanha para a capital em busca de melhores condições para as filhas.

Ano passado, visitei a Índia, passando inclusive pelo Punjab, estado onde se passa a história. Levei o livro para ler durante a viagem e, sem dúvidas, fez uma baita diferença!

Conseguir explorar o país e conhecer a sua cultura ao mesmo tempo nas páginas do livro, pela visão de Anita, e também visualizar ao vivo tudo aquilo foi uma experiência que recomendo a todos!

E, sim, o livro é baseado em uma história real, então fiz questão de procurar as fotos do Marajá sempre que tinha a oportunidade!