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Entrevista: Duda Razzera

por - maio 29, 2014

Oi, gente!

Hoje trago para vocês uma entrevista com Duda Razzera, autora de "Cartas para Você" e que, logo mais, vocês poderão acompanhar melhor aqui pelo blog! A autora lançou seu primeiro livro agora e, posso dizer, estou super animada para ler! Que tal conhecê-la um pouco melhor? 




Como foi seu primeiro contato com a leitura? Você já lia na infância?
Não lembro ao certo qual foi o primeiro livro que eu li, mas o que lembro é que meu pai costumava me levar às livrarias todo final de semana e eu podia comprar o que eu quisesse. Um dos primeiros livros que eu me lembro de ter lido tinha mais figuras do que palavras e eu logo fiquei ávida por mais.
Eu costumava ler a Coleção Vagalume, os livros de Ágatha Cristie, Álvaro de Cardoso Gomes, Pedro Bandeira, Castro Alves e tudo o que eu encontrava na biblioteca da escola ou nas livrarias, mas sempre tive uma quedinha por romances.

Quando você começou a escrever? Quando decidiu ser autora?
Assim que eu aprendi a escrever, mais ou menos aos meus seis anos, passei a inventar decidir inventar meus próprios personagens. Escrevia também muitos cadernos de poesia.
Eu sempre sonhei em ser escritora, desde pequena. Entretanto, achava que era algo impossível pra mim e que ser escritora era coisa de gente chique, super inteligente e que eu não me encaixava nem um pouco.
Quando meu pai faleceu, há 2 anos atrás, foi o empurrão que eu precisava. Depois de 7 meses que ele tinha falecido passei a escrever Cartas para você que se tornou o livro que é hoje.

Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
O que realmente me motiva são os sentimentos e o comportamento. Gosto muito de escrever de um jeito mais introspectivo, falando sobre emoções e realmente mergulhando na mente do personagem.
No momento, por eu ser uma autora nacional, estou bastante ligada a literatura nacional contemporânea. Autores como Tammy Luciano, Carol Sabar , Samanta Holtz e Paula Pimenta são meus guias.

O livro “Cartas para Você” foi baseado na sua própria vida. De onde veio a ideia de publica-lo?
Meu pai sempre comentou comigo: escreva o que você sabe. E também disse: um dia escreva a minha história. Isso me estimulou muito.
A Georgia de Cartas para você, assim como eu, perde o pai com vinte e poucos anos e passa a contar como foi essa experiência. Todos aqueles sentimentos são meus, apenas recheados com eventos de ficção para dar corpo a história.
Quando eu comecei a escrever e mostrar às pessoas, percebi que eu  não estava sozinha e muita gente se sentia como eu e que eu poderia ajuda-las a superar este evento tão traumático que é a morte.


Quanto tempo levou para escrever “Cartas para Você”? Como foi a experiência?
Levei em torno de quatro meses. Foi uma experiência dolorida, mas gratificante. No início foi muito difícil pois eu apenas escrevia cartas com os meus sentimentos, assim como a minha psicóloga tinha sugerido. Mas quando eu tinha a ideia de transformar as cartas eu um livro foi quando eu passei a me divertir um pouco, inventando histórias e personagens e fazendo eu sair um pouco da minha realidade dolorosa.

Você pensa em publicar algum outro livro? Poderia nos contar um pouquinho sobre o que está planejando para os próximos anos?
Planejo, sim! Estou escrevendo dois livros, no momento. O primeiro é “Além da superfície” que terá um pouco mais de romance, mas continuará abordando questões mais sérias, como crise de pânico e ansiedade.
O segundo é voltado para o público infanto-juvenil e jovem adulto e o nome provisório é “Amor, Vodka & Energético” que contará as peripécias de quatro amigos no ensino médio sob a ótica de um deles e abordarei questão desse público, mas terá um tom mais leve.

Quais são as maiores dificuldades que um autor brasileiro enfrenta hoje em dia?
A literatura brasileira está ganhando maior destaque, mas a iniciativa ainda é tímida. A divulgação, para mim, é bem difícil. É fácil divulgar, o difícil é encantar o leitor antes mesmo de ele conhecer o seu livro e convencê-lo de que ele terá uma experiência prazerosa ao ler seu livro e que vale à pena.
Mas, não posso negar as formas de publicação estão mais acessíveis hoje em dia. Entretanto, a concorrência está grande.

Como você vê a literatura brasileira atualmente? Quais são suas expectativas quanto à ela?
Está em um ótimo momento. As pessoas estão se interessando mais, está havendo um maior destaque, principalmente porque alguns livros nacionais vão ser adaptados para o cinema e televisão. Para mim, este é um grande avanço para nós, autores.

Tem alguma dica para quem tem vontade de publicar um livro?
Escreva, escreva e escreva. E quando cansar, escreva mais um pouco.
Além disso, é importante ler muito e ver as tendências do mercado literário. E  o mais importante: não desanime e não desista!

Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
O livro que mais marcou minha infância foi “A marca de uma lágrima” de Pedro Bandeira.

Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
Nossa, pergunta difícil essa! Eu estou absolutamente apaixonada pela literatura nacional. Mas vou indicar o último que eu li e adorei: “Azul da cor do mar” da Marina Carvalho. O casal deste livro é demais!


Você gostaria de deixar algum recado para os leitores do blog?
Continuem acompanhando o Own Mine porque o conteúdo é maravilhoso! Aproveitem para pegar dicas de livros nacionais legais e leiam muito!
E espero que vocês tenham a oportunidade de ver a resenha de “Cartas para você” por aqui e sintam vontade de conhecer o meu trabalho. 

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