Entrevista: Duda Razzera
Oi, gente!
Hoje trago para vocês uma entrevista com Duda Razzera, autora de "Cartas para Você" e que, logo mais, vocês poderão acompanhar melhor aqui pelo blog! A autora lançou seu primeiro livro agora e, posso dizer, estou super animada para ler! Que tal conhecê-la um pouco melhor?
Como
foi seu primeiro contato com a leitura? Você já lia na infância?
Não lembro ao certo qual foi o
primeiro livro que eu li, mas o que lembro é que meu pai costumava me levar às
livrarias todo final de semana e eu podia comprar o que eu quisesse. Um dos
primeiros livros que eu me lembro de ter lido tinha mais figuras do que
palavras e eu logo fiquei ávida por mais.
Eu costumava ler a Coleção Vagalume,
os livros de Ágatha Cristie, Álvaro de Cardoso Gomes, Pedro Bandeira, Castro
Alves e tudo o que eu encontrava na biblioteca da escola ou nas livrarias, mas
sempre tive uma quedinha por romances.
Quando
você começou a escrever? Quando decidiu ser autora?
Assim que eu aprendi a escrever,
mais ou menos aos meus seis anos, passei a inventar decidir inventar meus
próprios personagens. Escrevia também muitos cadernos de poesia.
Eu sempre sonhei em ser escritora,
desde pequena. Entretanto, achava que era algo impossível pra mim e que ser
escritora era coisa de gente chique, super inteligente e que eu não me
encaixava nem um pouco.
Quando meu pai faleceu, há 2 anos
atrás, foi o empurrão que eu precisava. Depois de 7 meses que ele tinha
falecido passei a escrever Cartas para você que se tornou o livro que é hoje.
Quais
são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
O que realmente me motiva são os
sentimentos e o comportamento. Gosto muito de escrever de um jeito mais
introspectivo, falando sobre emoções e realmente mergulhando na mente do
personagem.
No momento, por eu ser uma autora
nacional, estou bastante ligada a literatura nacional contemporânea. Autores como
Tammy Luciano, Carol Sabar , Samanta Holtz e Paula Pimenta são meus guias.
O livro
“Cartas para Você” foi baseado na sua própria vida. De onde veio a ideia de publica-lo?
Meu pai sempre comentou comigo: escreva o que
você sabe. E também disse: um dia escreva a minha história. Isso me estimulou
muito.
A Georgia de Cartas para você, assim como eu,
perde o pai com vinte e poucos anos e passa a contar como foi essa experiência.
Todos aqueles sentimentos são meus, apenas recheados com eventos de ficção para
dar corpo a história.
Quando eu comecei a escrever e mostrar às
pessoas, percebi que eu não estava
sozinha e muita gente se sentia como eu e que eu poderia ajuda-las a superar
este evento tão traumático que é a morte.
Quanto
tempo levou para escrever “Cartas para Você”? Como foi a experiência?
Levei em torno de quatro meses. Foi
uma experiência dolorida, mas gratificante. No início foi muito difícil pois eu
apenas escrevia cartas com os meus sentimentos, assim como a minha psicóloga
tinha sugerido. Mas quando eu tinha a ideia de transformar as cartas eu um
livro foi quando eu passei a me divertir um pouco, inventando histórias e
personagens e fazendo eu sair um pouco da minha realidade dolorosa.
Você
pensa em publicar algum outro livro? Poderia nos contar um pouquinho sobre o
que está planejando para os próximos anos?
Planejo, sim! Estou escrevendo dois
livros, no momento. O primeiro é “Além da superfície” que terá um pouco mais de
romance, mas continuará abordando questões mais sérias, como crise de pânico e
ansiedade.
O segundo é voltado para o público
infanto-juvenil e jovem adulto e o nome provisório é “Amor, Vodka &
Energético” que contará as peripécias de quatro amigos no ensino médio sob a
ótica de um deles e abordarei questão desse público, mas terá um tom mais leve.
A literatura brasileira está
ganhando maior destaque, mas a iniciativa ainda é tímida. A divulgação, para
mim, é bem difícil. É fácil divulgar, o difícil é encantar o leitor antes mesmo
de ele conhecer o seu livro e convencê-lo de que ele terá uma experiência
prazerosa ao ler seu livro e que vale à pena.
Mas, não posso negar as formas de
publicação estão mais acessíveis hoje em dia. Entretanto, a concorrência está
grande.
Como
você vê a literatura brasileira atualmente? Quais são suas expectativas quanto
à ela?
Está em um ótimo momento. As pessoas
estão se interessando mais, está havendo um maior destaque, principalmente
porque alguns livros nacionais vão ser adaptados para o cinema e televisão.
Para mim, este é um grande avanço para nós, autores.
Tem
alguma dica para quem tem vontade de publicar um livro?
Escreva, escreva e escreva. E quando
cansar, escreva mais um pouco.
Além disso, é importante ler muito e
ver as tendências do mercado literário. E
o mais importante: não desanime e não desista!
Sei
que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
O livro que mais marcou minha
infância foi “A marca de uma lágrima” de Pedro Bandeira.
Qual
livro nacional você recomenda? Por quê?
Nossa, pergunta difícil essa! Eu
estou absolutamente apaixonada pela literatura nacional. Mas vou indicar o
último que eu li e adorei: “Azul da cor do mar” da Marina Carvalho. O casal
deste livro é demais!
Você
gostaria de deixar algum recado para os leitores do blog?
Continuem acompanhando o Own Mine porque o
conteúdo é maravilhoso! Aproveitem para pegar dicas de livros nacionais legais
e leiam muito!
E espero que vocês tenham a oportunidade de ver
a resenha de “Cartas para você” por aqui e sintam vontade de conhecer o meu
trabalho.
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